Ciências Forense
Liga Forense realiza segunda jornada acadêmica
Encontro ocorre neste final de semana e, além de palestras, proporciona uma espécie de jogo cujo propósito é desvendar um crime
Cena do crime. Os investigadores passam por baixo da fita amarela que isola a área e sob o olhar da população curiosa, analisam o local e recolhem as amostras. Os testes laboratoriais dão as respostas de DNA, exames de balística, entre outros. Os investigadores resolvem o mistério. Com efeitos especiais e agentes soberbos, assim é retratada a ciência forense nas telas, uma espécie de glamour que leva estudantes de todo o país a procurarem o curso de Química Forense na UFPel - o segundo criado no país, em 2012. Porém, na vida real é diferente. Buscando mostrar a realidade de fato, alunos e professores da Liga Acadêmica de Ciências Forenses (Lacif) criaram no ano passado a Jornada Acadêmica da Lacif.
O evento reúne cerca de cem alunos de vários cursos de graduação da UFPel, especialmente Química Forense, Farmácia, Biologia e Odontologia, em um jogo de descoberta de simulação de crime, palestras e minicursos da área. Esta segunda edição ocorre no sábado e no domingo, das 8h até as 17h30min, no Jacques Georges Tower, na rua Almirante Barroso, e no Campus Capão do Leão. A inscrição tem o valor mínimo de R$ 60,00 e é emitido um certificado de 20 horas. Os três primeiros a desvendarem o mistério ainda ganham uma camiseta da Lacif.
Na cena do crime
No começo do primeiro dia, os inscritos viram investigadores. Sem o glamour de Hollywood, visitam uma simulação de cena de crime. Em meio à investigação ocorrem as palestras, no Jacques Georges, e os minicursos, no Capão do Leão. Dentre os palestrantes está Marília Barbosa, perita do IGP/Pelotas. No fim do domingo, um vídeo com a simulação do crime é apresentado, em uma parceria com alunos do Cinema da UFPel. O participante que chegar mais próximo da descoberta ganha o prêmio, uma camisa da Liga.
Integrante da Lacif, a estudante de Farmácia, Tayne Langoni Pereira, conta que no ano passado um grupo de alunos chegou muito perto de desvendar o mistério proposto. O crime simulado foi cometido por uma mãe desesperada, que ao ver o filho sucumbir para uma doença e chegar ao estado terminal, o envenenou.
Para Tayne, o evento é importante para "mostrar que a realidade da ciência forense é bem diferente do que acontece na série". Segundo ela, "o perito não faz a investigação do crime, ele faz a análise das coletas". A professora de Fisiologia do Instituto de Biologia, Mabel Mascarenhas Wiegand, destaca a multidisciplinaridade da ciência forense, com "várias áreas sendo interligadas".
A jornada não tem como pretensão descobrir um novo Sherlock Holmes, Patrick Jane (da série The Mentalist) ou uma Catherine Willows (CSI). No entanto, é uma boa oportunidade para entender como funciona o trabalho do químico forense. Ou, para os mais lúdicos, uma chance de colocar em prática os sentidos investigativos. As inscrições podem ser feitas até quinta-feira, online ou presencialmente com alunos da Lacif.
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